Julgamento da Prefeita de Italva é esperado para agosto

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O cenário conturbado na política do Noroeste Fluminense parece estar longe de terminar. Depois do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ter cassado os prefeitos de Laje do Muriaé, Dr. Rivelino (PP); e de Aperibé, Flávio Diniz Berriel, o Dezoito (PP), a previsão é de que o processo envolvendo a prefeita de Italva, Margareth do Joelson (PP), seja julgado pelo plenário da Corte em agosto. Ela recorre no cargo, mas uma eventual condenação pode afastá-la.

Margareth foi condenada em primeira instância pelo juiz Rodrigo Pinheiro Rebouças, da 141ª Zona Eleitoral (Italva/Cardoso Moreira), por abuso do poder econômico. A ação foi movida por Leonardo Orato Rangel, o Léo Pelanca (PSC), que concorreu a prefeito em 2016 e perdeu por uma diferença de 141 votos. Às vésperas do pleito, uma diligência da Justiça Eleitoral apreendeu 204 bonecas de brinquedo na casa de Margareth, que, segundo a denúncia, seriam utilizadas para distribuição em troca de votos. Lá também havia anotações de pagamentos, contas de luz e diversas cópias de título de eleitor.
 
Segundo a denúncia, “os réus compraram votos de forma escancarada, oferecendo bens e vantagens pessoais a eleitores em troca do pedido de votos”. De acordo com a sentença, ficou comprovado que houve promessa de emprego para eleitores em troca dos votos nos réus e ainda houve pagamento de exame médico em troca de pedido de votos.
 
Na defesa que consta do processo, Margareth alega que os objetos encontrados na busca e apreensão não contribuíram para sua vitória eleitoral, “tendo efeito diametralmente oposto, visto que a eleição foi ganha com margem pequena de votos”.
 
Outras cidades - Além de Italva, outras cidades do Noroeste Fluminense também vivem dias de incertezas políticas. Na última segunda-feira, o presidente da Câmara de Vereadores de Aperibé, Virley Figueira (PP), assumiu a Prefeitura do município depois que o TRE determinou o afastamento do prefeito Dezoito, condenado em segunda instância à perda do mandato e a oito anos de inteligibilidade por captação ilícita de sufrágio. O mesmo aconteceu em Laje do Muriaé. A Corte Regional cassou Dr. Rivelino e quem comanda a cidade é o presidente do Legislativo, Carlos José de Freitas Pereira, o Cazé (Podemos).
 
Nos dois casos, o TRE determinou a realização de novas eleições, mas ainda não há data definida para os pleitos. Ainda cabem recursos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deve ter a palavra final sobre a realização de eleições fora de época nos dois municípios, assim como aconteceu em Cabo Frio e Rio das Ostras.
Fonte: Folha da Manhã

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