Garotinho denuncia 'farsa' montada por PMDB, PT e Globo
O deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) publicou em seu blog
nesta segunda-feira (06/01) um vĂdeo que mostra o rapaz identificado
como Anderson Harry Grutzmacher, que revela sua participaĂ§Ă£o na
tentativa de incriminar o deputado e sua filha por infiltraĂ§Ă£o em
manifestações contra o governo do Rio. Anderson teria entrado no PR a
mando do presidente da Alerj, Paulo Melo, para indicar ligaĂ§Ă£o do
partido com a organizaĂ§Ă£o de protestos como o Ocupa Cabral e Ocupa
CĂ¢mara. Anderson tambĂ©m fala do envolvimento de pessoas como o lĂder do
PT na Assembleia, Andre Ceciliano, de um jornalista e do governador do
Rio, Sérgio Cabral.

Matéria do O Globo mostrava fotos de Anderson e de integrantes do partido de Garotinho Matéria do O Globo
publicada em novembro destacava os depoimentos do mesmo Anderson como
parte do material da investigaĂ§Ă£o policial sobre a contrataĂ§Ă£o de
ativistas profissionais pelo PR. O vĂdeo agora revelado no blog do
Garotinho, contudo, mostra o "ex-militante do PR" contando detalhes das
conversas realizadas com Paulo Melo e André Ceciliano, e e-mails
trocados com o governador Sérgio Cabral e um jornalista para tentar
envolver Garotinho e a sua filha nas manifestações.
Anderson teria participado de reuniões do PR e de encontros com ativistas para registro de fotos e gravações que seriam utilizadas como provas contra o PR depois. De acordo com a denĂºncia publicada no Blog, o esquema contou com propina, tortura, provas forjadas, gravações clandestinas e ameaças. A matĂ©ria tambĂ©m indica que mais detalhes do "farto material" que revelou o esquema montado pelo trio PT, PMDB e Globo devem ser revelados nos prĂ³ximos dias.
"Todas as gravações que foram feitas por mim, dentro do PR ou fora, ou quando alguĂ©m me ligava, eu tinha que levar e apresentar aos deputados AndrĂ© Ceciliano e Paulo Melo", disse Anderson no vĂdeo. Ele tambĂ©m informa que era orientado pelos dois, que pagaram em mĂ£os pelo serviço. Fala tambĂ©m de fotos que foram feitas com Clarissa Garotinho, que, ressalta, nem o conhecia, com o Baiano e com black blocs, para serem usadas para montagens depois. Conta ainda que, "no final", chegou a ser ameaçado por Paulo Melo e AndrĂ© Ceciliano.
O JB tentou entrar em contato com AndrĂ© Ceciliano, mas, de acordo com a assessoria de imprensa, ele estĂ¡ em viagem e nĂ£o estarĂ¡ disponĂvel atĂ© a prĂ³xima segunda-feira. A reportagem tambĂ©m entrou em contato com a assessoria de imprensa do presidente da Alerj, Paulo Melo, que nĂ£o respondeu atĂ© o fechamento desta matĂ©ria, e com a assessoria das organizações Globo, que nĂ£o atendeu aos telefonemas.
A reportagem do O Globo de novembro destacava a participaĂ§Ă£o do assessor do deputado estadual Geraldo Pudim (PR), SebastiĂ£o Rodrigues Machado JĂºnior, o Nayt, e "outros suspeitos de envolvimento no recrutamento de ativistas 'profissionais'". Ressaltava conversas de Anderson com o secretĂ¡rio-executivo do PR, Fernando Peregrino, e outros integrantes da cĂºpula do partido. Peregrino chegou, inclusive, a destacar para o jornal carioca que Anderson poderia ser um infiltrado polĂtico, possivelmente ligado ao PMDB.
"Para terem ideia, num trecho que divulgaremos mais adiante, Anderson diz que foi levado para uma delegacia e colocado nu durante trĂªs horas para que aceitasse mudar seu depoimento a fim de incriminar a mim e a filha Clarissa Garotinho. Neste pequeno trecho de hoje, porĂ©m, hĂ¡ uma denĂºncia gravĂssima. O presidente da Assembleia Legislativa, dentro do gabinete da presidĂªncia, pagou R$ 5 mil em dinheiro vivo. O fato Ă© gravĂssimo e nĂ£o temos a menor dĂºvida de que as imagens, Ă¡udios e documentos que divulgaremos nos prĂ³ximos dias provocarĂ£o uma imensa revolta na opiniĂ£o pĂºblica", disse Garotinho em seu blog.
Geraldo Pudim reforça denĂºncia ao MinistĂ©rio PĂºblico e pede aĂ§Ă£o da Alerj
A publicaĂ§Ă£o de Garotinho reforça ainda que, para garantir a segurança de Anderson antes da divulgaĂ§Ă£o do material coletado, o deputado Geraldo Pudim iria hoje ao MinistĂ©rio PĂºblico para protocolar um pedido para que o denunciante seja incluĂdo no Programa de ProteĂ§Ă£o Ă Testemunha.
Em conversa por telefone com o JB, Pudim ressalta que a matĂ©ria do O Globo foi produzida no mesmo momento em que a ocorrĂªncia foi aberta na polĂcia. Na Ă©poca, Pudim chegou a protocolar denĂºncia no MinistĂ©rio PĂºblico e na Alerj, mas sem tantos elementos como se tem agora com as declarações de Anderson. De acordo com ele, o "aparelho estatal estĂ¡ comprometido" e tudo teria sido uma grande armaĂ§Ă£o, com participaĂ§Ă£o de setores da polĂcia do Rio de Janeiro.

Em novembro, Pudim pediu investigaĂ§Ă£o dos contratantes de Anderson Ă Alerj "Isso
Ă© uma forma diabĂ³lica, envolvendo PT, PMDB e Globo, que Ă© inimigo
notĂ³rio do Garotinho, para tentar prejudicar sua campanha, utilizando o
Anderson. Diante disso, eu jĂ¡ havia entregue ao corregedor da Alerj essa
denĂºncia, antes do recesso, com pedido de providĂªncia, nĂ³s fomos ao MP.
O Anderson estĂ¡, obviamente, apavorado. Ele resolveu falar a verdade.
Esse rapaz foi usado de forma cruel. Eu espero que, diante dos fatos, o
corregedor da Alerj tome as providĂªncias. Isso pode ir mais alĂ©m do que a
gente imagina", declarou Pudim, que disse ainda que Anderson procurou
os advogados do partido atrĂ¡s de proteĂ§Ă£o.
Fonte: Jornal do Brasil

Anderson teria participado de reuniões do PR e de encontros com ativistas para registro de fotos e gravações que seriam utilizadas como provas contra o PR depois. De acordo com a denĂºncia publicada no Blog, o esquema contou com propina, tortura, provas forjadas, gravações clandestinas e ameaças. A matĂ©ria tambĂ©m indica que mais detalhes do "farto material" que revelou o esquema montado pelo trio PT, PMDB e Globo devem ser revelados nos prĂ³ximos dias.
"Todas as gravações que foram feitas por mim, dentro do PR ou fora, ou quando alguĂ©m me ligava, eu tinha que levar e apresentar aos deputados AndrĂ© Ceciliano e Paulo Melo", disse Anderson no vĂdeo. Ele tambĂ©m informa que era orientado pelos dois, que pagaram em mĂ£os pelo serviço. Fala tambĂ©m de fotos que foram feitas com Clarissa Garotinho, que, ressalta, nem o conhecia, com o Baiano e com black blocs, para serem usadas para montagens depois. Conta ainda que, "no final", chegou a ser ameaçado por Paulo Melo e AndrĂ© Ceciliano.
O JB tentou entrar em contato com AndrĂ© Ceciliano, mas, de acordo com a assessoria de imprensa, ele estĂ¡ em viagem e nĂ£o estarĂ¡ disponĂvel atĂ© a prĂ³xima segunda-feira. A reportagem tambĂ©m entrou em contato com a assessoria de imprensa do presidente da Alerj, Paulo Melo, que nĂ£o respondeu atĂ© o fechamento desta matĂ©ria, e com a assessoria das organizações Globo, que nĂ£o atendeu aos telefonemas.
A reportagem do O Globo de novembro destacava a participaĂ§Ă£o do assessor do deputado estadual Geraldo Pudim (PR), SebastiĂ£o Rodrigues Machado JĂºnior, o Nayt, e "outros suspeitos de envolvimento no recrutamento de ativistas 'profissionais'". Ressaltava conversas de Anderson com o secretĂ¡rio-executivo do PR, Fernando Peregrino, e outros integrantes da cĂºpula do partido. Peregrino chegou, inclusive, a destacar para o jornal carioca que Anderson poderia ser um infiltrado polĂtico, possivelmente ligado ao PMDB.
"Para terem ideia, num trecho que divulgaremos mais adiante, Anderson diz que foi levado para uma delegacia e colocado nu durante trĂªs horas para que aceitasse mudar seu depoimento a fim de incriminar a mim e a filha Clarissa Garotinho. Neste pequeno trecho de hoje, porĂ©m, hĂ¡ uma denĂºncia gravĂssima. O presidente da Assembleia Legislativa, dentro do gabinete da presidĂªncia, pagou R$ 5 mil em dinheiro vivo. O fato Ă© gravĂssimo e nĂ£o temos a menor dĂºvida de que as imagens, Ă¡udios e documentos que divulgaremos nos prĂ³ximos dias provocarĂ£o uma imensa revolta na opiniĂ£o pĂºblica", disse Garotinho em seu blog.
Geraldo Pudim reforça denĂºncia ao MinistĂ©rio PĂºblico e pede aĂ§Ă£o da Alerj
A publicaĂ§Ă£o de Garotinho reforça ainda que, para garantir a segurança de Anderson antes da divulgaĂ§Ă£o do material coletado, o deputado Geraldo Pudim iria hoje ao MinistĂ©rio PĂºblico para protocolar um pedido para que o denunciante seja incluĂdo no Programa de ProteĂ§Ă£o Ă Testemunha.
Em conversa por telefone com o JB, Pudim ressalta que a matĂ©ria do O Globo foi produzida no mesmo momento em que a ocorrĂªncia foi aberta na polĂcia. Na Ă©poca, Pudim chegou a protocolar denĂºncia no MinistĂ©rio PĂºblico e na Alerj, mas sem tantos elementos como se tem agora com as declarações de Anderson. De acordo com ele, o "aparelho estatal estĂ¡ comprometido" e tudo teria sido uma grande armaĂ§Ă£o, com participaĂ§Ă£o de setores da polĂcia do Rio de Janeiro.

Fonte: Jornal do Brasil
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