Cardoso Moreira e mais Trinta e cinco municípios do estado
do Rio de Janeiro vão paralisar os serviços públicos não essenciais, como
escolas e coleta de lixo, na próxima segunda-feira. O motivo é a diminuição do
repasse da verba que é feito pelo Governo Federal. Da Região norte fluminense Apenas
Macaé e Campos dos Goytacazes, não vão aderir
a paralisação. Ao todo, o estado conta com 92 municípios. Na terça-feira a Associação
dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro (Aemerj) levará reivindicações à
Brasília.
De acordo com Anderson Zanon, presidente da Aemerj, os
municípios estão sendo penalizados, com a crise econômica que o país enfrenta.
A paralisação, segundo ele, é um protesto contra a queda da arrecadação.
Anderson é prefeito de Sapucaia, cidade que tem uma população estimada em 22
mil pessoas. Ele afirmou que, no município, as perdas giram em torno de 15%.
Com isso, a administração pública acaba sofrendo o impacto. “A gente tenta se
adequar, já fizemos cortes pontuais e agora estamos em um impasse porque não
queremos tomar medidas mais drásticas que impactem diretamente a população,
como corte na verba da merenda escolar”, explicou.
Além disso, o presidente da Aemerj disse que vai reivindicar
a tarifa da conta de luz. Isso porque ele não concorda que a bandeira vermelha
seja aplicada à administração pública. “O objetivo é que as pessoas economizem
energia e assim diminua o consumo, mas como a prefeitura vai economizar a
iluminação pública?”, questionou. Segundo ele, se a bandeira não se aplicasse
aos municípios, desoneraria a administração pública.
MANIFESTO DAS PREFEITURAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO A
AEMERJ –
Associação Estadual de Municípios do Rio de Janeiro, e os Prefeitos
dos Municípios do Estado vêm através do presente MANIFESTO PÚBLICO, dizer à
população de nossas comunidades que a crise econômica por que passa o país vem
afetando, de forma aguda, sistemática e não prevista, os entes municipais em
geral.
Por conta da crise e de equivocadas medidas econômicas e de
gestão do Governo Federal, foi reduzido consideravelmente o volume de repasses
de recursos aos municípios, o que está levando as cidades a uma situação
econômica e financeira insustentável. Os municípios estão na ponta da linha do
atendimento à população, em praticamente todos os serviços públicos. É nas
portas da prefeitura ou das secretarias municipais que a população vai bater,
quando precisa de todo tipo de atendimento.
Com toda a certeza, as prefeituras
se esforçam para prestar tais serviços da melhor maneira possível.
Ocorre que está inviável manter a qualidade de tais
serviços, com a brutal queda de arrecadação que estamos enfrentando. Uma
economia estagnada, ou pior, em recessão, junto com um quadro de gestão
equivocada da administração federal, forma um cenário nada animador para os
próximos meses e anos. Já adotamos as medidas de cortes pontuais e sistemáticos
que poderíamos ter adotado.
Cada prefeitura já esta fazendo o dever de casa, há tempos.
Mas só isso não está resolvendo o problema, uma vez que a queda de arrecadação
tem sido mesmo brutal. As alternativas, que não desejamos de modo algum, seriam
fazer cortes ainda maiores no mais significativo item de gastos do município,
que é a folha de pagamentos, com demissões em massa. Uma medida drástica como
essa seria ruinosa para os trabalhadores e para as cidades, que já sofrem com a
crise econômica, que leva ao fechamento de empresas e elimina postos de
trabalho na iniciativa privada.
Sendo assim, os prefeitos dos municípios do Estado do Rio de
Janeiro, diante de tão grave e aguda situação, decidiram determinar a
PARALISAÇÃO de todos os serviços municipais considerados não essenciais, por um
dia, em 28 de setembro de 2015, como forma de protestar de modo pacífico, mas
veemente, contra o estrangulamento econômico que nossas comunidades municipais
estão enfrentando! Não queremos que faltem remédios, exames ou cirurgias,
nem merenda de qualidade; não queremos deixar de limpar as ruas nem de conservar
as estradas; não queremos deixar de pagar os salários de nossos servidores!
Porém, se o Governo Federal não atentar JÁ para a necessidade de ajudar os
municípios URGENTEMENTE, tudo isso corre o sério, real e iminente risco de
acontecer! Por isso, vamos parar! Pelos direitos do povo do nosso município,
vamos parar toda a Prefeitura em 28 de setembro!!!
1 Comentários
Infelizmente, a crise atinge á todos... E é difícil enfrentar. Porém, se os salários de Vereadores , Prefeitos e outras regalias que existe, forem reduzidos pelo menos em 20%. ( temporariamente). Pode ser uma solução. Porque iluminação pública, coleta de lixo, merenda escolar...Tudo é extremamente necessário. # Não ao desperdício# Na minha casa, eu venço a crise economizando... Somente o essencial#
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