Cardoso Moreira poderá ter represa para evitar enchentes, segundo projeto do Governo.

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O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, apresentou hoje três projetos estruturais para prevenir enchentes causadas pela cheia de rios no Estado do Rio de Janeiro. Com o valor total de R$ 840 milhões, os projetos serão aplicados nas regiões Norte e Nordeste do Estado e em São Gonçalo, cidade da Região Metropolitana.

Segundo Minc, os projetos aprovados eram parte de um pacote de oito apresentados por ele na quinta-feira passada ao governador Sérgio Cabral (PMDB) e ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra (PSB). Para o secretário, os projetos anunciados, que em parte dão continuidade a obras em andamento, devem "solucionar o problema das cheias" nas cidades em que serão implantados.

Na Região Noroeste, o projeto Muriaé vai construir nas cidades de Laje de Muriaé, Itaperuna e Italva, três extravasores que desviarão parte do volume d'água do rio Muriaé em épocas de cheia. Também no rio Muriaé, em Cardoso Moreira será construída uma represa de controle de cheias. Orçadas em R$ 330 milhões, as obras do projeto vão contar com verbas federais e estaduais e devem evitar que essas cidades voltem a ser alagadas.

Em Campos dos Goytacazes, cidade banhada pelo rio Paraíba do Sul, serão aplicados R$ 300 milhões para a recuperação das redes de canais e diques presentes no município. Segundo o secretário, parte desse projeto já foi feita com a recuperação do subsistema de canais e diques de São Bento ao custo de R$ 160 milhões em verbas federais e estaduais. Na quinta-feira passada foi aprovada a recuperação de dois outros subsistemas: Campos-Macaé e Vigário.

Em São Gonçalo, o projeto aprovado dará continuidade à dragagem, canalização e urbanização dos dois principais rios da cidade, Alcântara e Embuaçu. As famílias que vivem nas margens dos rios também serão retiradas. Segundo o secretário, as obras no rio Embuaçu, aprovadas no ano passado, esperam licitação marcada para o dia 11 de fevereiro. Na última semana foi aprovada a verba de R$ 300 milhões para as obras na margem do Alcântara.

Presente à reunião, a presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, destacou que os primeiros contratos de emergência para fazer a dragagem de rios na Região Serrana, nos municípios de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis serão assinados ainda esta semana. Na semana passada o secretário Minc anunciou a aplicação de R$ 320 milhões em projetos emergenciais na Região Serrana do Estado.

Minc criticou ainda os prefeitos que desrespeitam o mapeamento de risco e fazem obras em encostas e margens de risco. "Infelizmente, a cultura da prevenção e a cultura da responsabilidade se alcança depois das tragédias e quem cometeu os erros pagou caro, inclusive nos casos de corrupção em que os prefeitos foram afastados", afirmou.

(Guilherme Serodio | Valor econômico)

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