Associativismo estimula projetos culturais em Italva

Crianças, jovens e adultos participam das oficinas de artesanato.  (Foto: Kellen Leal/Pesagro-Rio)

A agricultora Zilma Almeida Rosa abriu as portas de seu sítio para receber, diariamente, adultos e crianças interessados em partilhar conhecimentos e sonhos. Ela cedeu uma casa localizada na comunidade da Biboca, em Italva, no Noroeste Fluminense, para abrigar o terceiro polo do Ponto de Cultura Mambiação, implantado em conjunto pelos governos federal e estadual.

“Foi a melhor coisa que aconteceu. Já conhecia, queria participar, mas não dava porque era muito longe. Hoje em dia, a comunidade inteira está participando”, disse Zilma. Ela e o marido são donos do sítio Retiro Saudoso, na microbacia Córrego Santa Joaquina. A parceria com o casal possibilitou a implantação do terceiro polo do Mambiação, em agosto do ano passado. Desde então, 30 moradores da localidade participam das oficinas.

O Mambiação, que significa Meio Ambiente, Arte e Educação, foi implantado no ano de 2010 na microbacia Córrego do Marimbondo, com apoio do Programa Rio Rural, da secretaria estadual de Agricultura. Desde o começo, a coordenadora Regina Stela Siqueira percebeu que a distância dificultaria o acesso dos agricultores. Por isso, foram criados dois pólos, na mesma microbacia: Marimbondo e Pão de Ló, com apoio da associação de produtores destas localidades.

Atualmente, o Mambiação atende 140 pessoas, nos três polos. Oferece aos moradores da zona rural oficinas de artesanato, como pintura, costura, bordado industrial, biscuit, trançado de fita, além de informática, teatro, coral, dança, música instrumental, bateria, violão, pandeiro, guitarra e teclado. Trabalha, também, a cultura ambiental, com orientação em reciclagem de materiais. As aulas acontecem de segunda à sexta-feira.

De acordo com o programa, a iniciativa visa melhorar a qualidade de vida no campo, promovendo conhecimento, valorizando a mulher e os jovens rurais e aumentando a renda da família com a venda dos produtos. “O projeto mudou completamente a vida dessas comunidades. As pessoas viviam isoladas, cada qual no seu canto. Agora estão integradas, conversando com outras pessoas, conhecendo coisas novas, buscando crescimento e alegria de viver”, afirmou Regina, coordenadora do Mambiação.

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