Horas depois da revolta generalizada se espalhar pelas redes, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE) divulgou uma nota oficial atribuindo a responsabilidade da paralisação à Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica na região. Segundo a CEDAE, a interrupção do abastecimento de água foi causada pela falta de energia nas unidades operacionais.
“A CEDAE está em contato com a concessionária, que ainda não deu previsão para o restabelecimento da energia. A normalização do fornecimento de água irá ocorrer em até 48 horas após a retomada do sistema. Economize água!”, diz o comunicado.
A nota, no entanto, está longe de acalmar os ânimos. Moradores demonstraram ainda mais insatisfação diante da falta de autonomia da CEDAE para gerenciar crises como essa. “É sempre a mesma coisa: empurram a culpa e quem sofre somos nós”, criticou João Ricardo, morador do bairro Palmeiras.
A situação escancara a fragilidade da infraestrutura que sustenta serviços essenciais no município. Em pleno 2025, uma queda de energia sem previsão de retorno se transforma, mais uma vez, em uma crise de abastecimento, colocando em xeque a capacidade das concessionárias de responder com agilidade e responsabilidade.
Enquanto CEDAE e Enel trocam responsabilidades, Cardoso Moreira segue seca — e indignada.
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