Projeto de lei no estado do Rio de Janeiro quer regular empresas de criptomoedas

 


Dois deputados estaduais do Rio de Janeiro apresentaram na terça-feira (16) um projeto de lei que busca regular a atuação de exchanges no estado e o mercado de criptomoedas como um todo.

O PL 2019/2023 é de autoria dos deputados Subtenente Bernardo (PTB) e Luiz Paulo (Cidadania) e propõe uma regulação do setor pelo fato de a compra e venda de criptomoedas estabelecer uma relação de consumo entre cliente e empresa.

O projeto é muito parecido com um que foi recentemente vetado na Paraíba: o texto carioca determina que corretoras sejam obrigadas a disponibilizar o relatório de suas atividades econômicas ao Ministério Público e que deverão comprovar que tem como pagar os investidores em caso de retirada em massa de ativos.

Além disso, os deputados pedem no PL o “detalhamento dos investimentos aportados, como foram feitos e respectivos balanços econômicos de rentabilidade e/ou perda” e que seja especificado juridicamente “os contratos utilizados pela empresa de modo a garantir segurança jurídica ao consumidor”.

Trauma da GAS Consultoria

O Rio de Janeiro é o estado berço do caso GAS Consultoria e isso parece ter motivado a criação do PL.

Em sua justificativa, o subtenente Bernardo não cita a empresa de Glaidson Acácio dos Santos, mas diz que o Estado deve se envolver para que evite que o “cidadão investidor caia em armadilhas denominada ‘Pirâmide’ ou até mesmo no Esquema Ponzi”.

“O que se requer, é que o estado através do Ministério Público, debruce suas atenções nesse novo mercado, dando mais clareza, autenticidade e segurança aos seus cidadãos, tornando público e oficial sua interveniência, no sentido de facilitar as empresas do ramo que oferecem essa nova modalidade de investimento chamada (libertação financeira), a todos que assim desejarem”, afirma o deputado.

PL da Paraíba

No dia 9 de novembro, o governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), vetou projeto de lei que buscava regular o mercado de criptomoedas no estado. O chefe do Executivo estadual afirmou que o texto tinha boas intenções, mas que cabe ao Congresso Nacional legislar sobre o assunto.

Azevêdo disse que “embora vislumbre bons propósitos na iniciativa do parlamentar”, teve que vetar a iniciativa pois o PL iria interferir em matéria constitucional, prerrogativa que é apenas do Congresso.

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