Cardoso Moreira está entre os municípios com risco de febre Chikungunya


Em pelo menos dez municípios do Rio de Janeiro, o risco de a febre Chikungunya se instalar é maior. Estes locais estão em estado de alerta devido à quantidade de focos dos dois mosquitos transmissores da doença, o Aedes aegypti e o Aedes albopictus.

 Como O Jornal o Dia mostrou neste domingo, a Chikungunya pode chegar ao Estado do Rio a qualquer momento e, em caso de epidemia, atingir até 70% da população, já que ninguém tem imunidade contra este novo vírus.

 De acordo com o último Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti e para o Aedes albopictus, feito em janeiro, as situações são piores em Parati, Itatiaia, Resende, Volta Redonda, Valença, Itaboraí, Guapimirim, Campos dos Goytacazes, Cardoso Moreira e Itaocara. Estas cidades têm de dez a 39 residências com focos dos mosquitos a cada mil vistoriadas — suficiente para configurar alerta. Imagem mostra cidades com alto risco de sofrer com a doença.

 Mas o perigo não está só nestes municípios. Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) apontam que os dois insetos podem ser encontrados, simultaneamente, em outras 40 cidades do Rio, incluindo a capital, embora em quantidade um pouco menor. A Chikungunya é transmitida da mesma forma que a dengue e tem sintomas parecidos. As duas doenças podem inclusive acontecer ao mesmo tempo, no mesmo paciente. Porém, no caso da nova doença, a capacidade de o mosquito nfectado gerar epidemias é maior. Dois grupos de pacientes são mais preocupantes: idosos e gestantes.

Superintendente de Vigilância Epidemiológica da SES, Alexandre Chieppe lembra que a letalidade da Chikungunya é menor que a da dengue mas, no caso dos idosos, epidemias em outros países mostraram que a doença ‘descompensa’ outros males da idade. “Nesse caso, as mortes associadas à Chikungunya têm mais a ver com as doenças de base do que com o vírus.

Os idosos são pessoas com mais fragilidades”, explica. Sobre as gestantes, o risco está relacionado ao feto. Se a mãe for infectada próximo ao parto, a Chikungunya pode provocar danos ao bebê, como doenças neurológicas e edema cerebral. Há ainda o risco de aborto. “A grávida não tem mais risco de adoecer, mas se estiver doente no parto, pode prejudicar o bebê”. Em 2014 e 2015 (até 20 de março), foram registrados 15 casos da doença no estado. Os pacientes foram infectados fora do Rio, em locais como Caribe e Bahia. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu registro a teste rápido de Chyikungunya, desenvolvido pela OrangeLife.

O teste é feito com uma gota de sangue e o resultado sai em vinte minutos. O aparelho pode ser conectado a celular e mapear o local onde moram os pacientes. Os dados são repassados às secretarias de Saúde.

Fonte: Jornal o Dia

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