Prefeitura de São Fidélis decreta estado de emergência por causa da seca

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A estiagem que atinge as regiões Norte e Noroeste continua prejudicando os produtores e agricultores, principalmente em São Fidélis, onde o prefeito Luiz Fenemê decretou situação de emergência, buscando amenizar a situação crítica em que passa o município.

Através do decreto nº 3.181. de 30 de setembro de 2014, a Prefeitura Municipal de São Fidélis decretou situação de emergência nas áreas do município afetadas pela estiagem, considerando que a forte estiagem no município, afetou cerca d 80% da extensão rural afetadas desde junho.

Com grandes perdas em todas as áreas, a estiagem está afetando mais de duas mil pessoas que vivem direto ou indiretamente da produção agrícola, olerícola e leiteria. Segundo dados de um levantamento feito pela Cooperativa de Laticínios de São Fidélis, 300 associados festão sendo afetados. O presidente da cooperativa solicitou apoio da prefeitura como máquinas para fazer açudes e caminhões para trasporte de rações, pois o custo é muito alto e somente é encontrado em localidades distantes.
O levantamento mostra uma queda brusca na produção de leito dos últimos três meses. EM julho de 2013 foram produzidos 325.228 litros e no mesmo período deste ano, foram 248.166 litros.

Outra grande queda aconteceu em setembro, onde no ano passado foram produzidos 313.089 litros e no mesmo mês deste ano, foram 180.000 litros de leite.

Um outro levantamento feito pela Emater-Rio, foi detectado um impacto iminente no aumento da perda no peso e índice reprodutivo do gado de corte e leiteiro(pecuária) estimado em 30%, bem como o índice preocupante de mortalidade do gado, onde já foram contabilizados mais de 150 animais mortos, e esse número deve crescer mais ainda nos próximos dias, pois muitas propriedades ainda não foram visitadas pelas equipes, devido a distância territorial, pois São Fidélis é o sétimo maior município em expansão territorial do estado, fazendo divisas com municípios como Campos, Cardoso Moreira, Cambuci e Santa Maria Madalena.

Ainda segundo o levantamento, a zona rural foi completamente afetada, com estimativa de 80% dos produtores atingidos, e perdas de aproximadamente 40% na produção leiteira e 30% de perda na lavoura e produção olerícola.

Acompanhados do superintendente da Defesa Civil e do secretário de agricultura, nossa equipe esteve em uma das propriedades afetadas na área urbana do município. Ao chegar encontramos o produtor conhecido como Marquim retirando os poucos litros de leite que ele consegue.

Segundo o produtor, antes ele retirava cerca de 200 litros de leite por dia, e atualmente, não passa de 20 litros. Além de uma situação precária com os animais bastante debilitados, presenciamos um dura realidade de muitas outras propriedades nas cidade, onde os animais não tinham o que comer.

Segundo superintende Cláudio Luiz, as secretarias possuem um prazo de dez dias, ou seja, até terça-feira enviar todos os documentos para a União, que por sua vez, possui um prazo de 180 dias para reconhecer o decreto do município.


A situação do Rio Paraíba do Sul é cada vez mais crítica, e seu nível está cada vez mais baixo. Em alguns pontos é possível andar por cima de pedras que antes não apareciam.

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